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sábado, 7 de junho de 2025

JUNHO CHEGOU

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.243

Entra o mês de junho com aquela esperança do todos os junhos da tradição junina. Uma esperança forte de que o mês traga boas chuvas e naturalmente, a colheita de milho que se tenta adivinhar. Já se disse que as chuvas chegaram atrasadas para o plantio e por isso não teremos milho no mês de junho e nem julho, isto é, sobre os terrenos normais sob as ordens das chuvas. Tudo nos conformes para o plantio das áreas irrigadas. Aí chega o produto no tempo certo para a canjica, a pamonha os diversos bolos de milho das nossas mães, avós ou mesmo esposas, exímias na cozinha sertaneja. O tal “quentão” não vemos mais que era aquela bebida à base de cachaça e gengibre, feita pelas próprias mulheres para os homens. Olho no céu, olho na terra.

O céu passa o tempo todo nublado, branco como marfim, as chuvas são muito poucas, mas, dizem os especialistas que esse tempero entre Sol e chuva, é muito bom para as plantas. É muito certo que a lavoura agradece e vamos para o próximo inverno num cenário bonito e verdejante no Sertão. Porém, quem cria todo o tipo de gado, não vai gostando muito, não. Diz ele que a água que estar vindo dos céus, não vai dar para encher barreiros e açudes e assim poderá tornar mais difícil a travessia para o próximo inverno. Na verdade, ninguém nunca está satisfeito com o tempo, reclamando de alguma coisa como se Deus não entendesse o que estivesse fazendo. É preciso entender somente o seguinte: tudo tem uma razão de ser.

Podemos dizer, entretanto, que o céu do primeiro dia de junho, foi de um domingo belo, de Sol, de vitalidade e desejos de passear pelos campos. Um domingo para o abrir um mês radiante e feliz. Mas, isso não assegura de forma alguma um bom inverno. Vamos confiar no Divino, olhar para frente e marchar sempre confiante e feliz. E como o mês é de forró junino, nem estou bem-informado, onde é que vai haver forró para você aqui na cidade. Raramente uma bomba estoura por aqui, um foguete ou coisa parecida. Como foi dito, a medida em que o tempo passa, muitas coisas das tradições da gente vai arrefecendo e morre. Fazer o quê? Tudo se transforma e ainda somos felizes em vivermos essa transformação. Lembre-se das pregações de uma Nova era. Vamos com ela.

RUA E CHUVA (FOTO: B. CHAGAS).

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MORTE DO CANGACEIRO JURITI

 Histórias do Brasil

Em 1941, já anistiado, Manoel Pereira de Azevedo, o agora ex-cangaceiro Juriti, decide retornar ao sertão sergipano. Ali ele pretendia rever pessoas e fazer algumas cobranças.

Mal ele sabia que seu fim estava próximo, a notícia da chegada de Juriti na região chega logo aos ouvidos de Amâncio Ferreira da Silva, o temido Sargento Deluz.

Juriti estava na casa do seu amigo Rosalvo Marinho, acreditava que sua anistia o protegeria de qualquer represália com relação a polícia. Triste engano, Deluz acompanhado de alguns homens, cercam o local.

Deluz assim falou : “Mais qui surpresa! Nunca pensei qui Juriti fosse um pásso tom manso, tom faci de ser agarrado. Teje preso cabra. Eu num quero cangaceiro perto de mim não"

O ex-cangaceiro questiona a ação, queria prevalecesse sua anistia, mesmo diante de um Deluz irredutível.

Juriti se recompõe da surpresa e desafia Deluz, dizendo: “Deluz, você é covardi. Eu sei quem você é. Um covardi. Mostri qui é homi e mi sorte. Só assim você vai ficar sabeno quem sou eu. Vamu, mi sorti, covardi. Você é um covardi”. Amarrado a uma corda, Deluz transporta Juriti na direção de Canindé.

Ao chegar a uma localidade chamada Roça da Velhinha, nas proximidades da fazenda Cuiabá, o sargento, friamente, ordena que se faça uma fogueira e quando as labaredas começam a lamber a caatinga e torrar a mataria e o chão daquele triste cenário da vida sertaneja, Juriti é jogado, sem dó e sem piedade no meio do fogaréu. Em poucos minutos o corpo do antigo cangaceiro havia se transformado em um monte de cinzas. Ficando, por várias décadas, como testemunha daquele medonho momento os botões da braguilha da calça de Juriti, além do negrume deixado pelo fogo no local do monstruoso assassinato do antigo Manoel Pereira de Azevedo, do Salgado do Melão.

Vale lembrar que por coincidência, Juriti foi um dos cangaceiros que participaram da morte de Zé Vaqueiro ( aquele do caso do cangaceiro Novo Tempo ), esse homem foi torturado de todas as formas e também foi queimado em uma fogueira ainda com vida.

Foto : Benjamin Abrahão Calil Botto

Edição Arquivo Digital Helton Araújo

Partes do texto : Alcino Alves Costa

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A MORTE DE EZEQUIEL FERREIRA - AS CRUZES DO CANGAÇO NOS ROTEIROS DE PAULO AFONSO -


Os dois historiadores estiveram traçando um dos mais famosos Roteiros do Cangaço em Paulo Afonso e demarcamos um dos mais famosos pontos da história em nossa região.

Na Lagoa do Mel colocamos uma cruz marcando o local da morte de Ezequiel e onde também morreram 16 soldados.

PARA ENTENDER UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA SOBRE O LOCAL ONDE ESTIVEMOS E ONDE MORREU EZEQUIEL, IRMÃO DE LAMPIÃO.....

Um dos mais ferrenhos combates de Lampião na Bahia aconteceu em Paulo Afonso, no povoado Baixa do Boi. Nesse confronto morreu, a principio, 16 soldados e posteriormente, em fuga e perdidos, morreram mais 3 policiais.

O cangaço era movido por tiroteios, mortes e ferimentos. Lampião foi grande estrategista e astucioso, com uma grande capacidade de pressentir o perigo que constantemente o rondava. O famoso cangaceiro vivia dividido entre os inúmeros combates e mesmo tendo desenvolvido uma quase perfeita estratégia de segurança, contando com o apoio dos numerosos coiteiros, tinha sempre a morte rondando seus dias e sofreu consideráveis baixas em seu contingente. Entre seus maiores dissabores ele sofreu trágicas perdas e ver alguns irmãos sucumbirem em combates sobre sua proteção, foi doloroso. No campo de luta ele viu três irmãos morrerem. O primeiro morto em combate foi o Livino ferreira da Silva, no abno de 1925, em um tiroteio acontecido na fazenda baixa do Juá, próximo a cidade de Flores, Pernambuco, com volantes paraibanas comandadas pelos sargentos José Guedes e Cícero de Oliveira. Livino faleceu oito dias após esse tiroteio, com 29 anos de idade.

O segundo irmão a deixar o mundo dos vivos foi Antonio Ferreira, nascido em 1896 e morto em janeiro de 1927, na fazenda poço do ferro, Tacaratu, Pernambuco, propriedade do coronel Ângelo da Jia, em decorrência de um acidente ocasionado por Luiz Pedro, que disparou sua arma acidentalmente atingindo o próprio amigo.

O terceiro morto em combate foi Ezequiel Ferreira da Silva, o mais jovem irmão, nascido em 1908. Ezequiel passou a acompanhar Lampião em 1927, junto com o cunhado Virgínio. Ele tinha o apelido de Ponto Fino, alcunha adquirida pela justeza do seu tiro.

Sua morte aconteceu em Paulo Afonso, Bahia, no povoado Baixa do Boi, terras pertencentes na época a santo Antonio da Glória do curral dos Bois.

O tenente Arsênio Alves de Souza chegou ás imediações do povoado Riacho com uma volante composta por aproximadamente 20 soldados e tendo como guia os dois irmãos Aurélio e Joví, que eram fugitivos da cadeia de Glória, preso pelo inspetor de quarteirão, o senhor Pedro Gomes de Sá, pai da cangaceira Durvinha. A volante chegou ao povoado riacho no dia 23 de abril de 1931, trazendo entre seu aparato bélico uma metralhadora Hotchkiss. O primeiro contato do tenente no lugar foi com Zé Pretinho e o jovem foi forçado a seguir com os policiais. Cruzaram o terreiro de dona generosa Gomes de Sá, coiteira de Lampião e foram armar acampamento na Lagoa do Mel, um tanque construído por Antonio Chiquinho.

Enquanto a policia se preparava para passar a noite na lagoa do Mel, outras fontes confiáveis de informações de Lampião se dirigiam para o povoado Arrasta-pé para avisar ao Rei do Cangaço sobre a presença dos militares nas proximidades. Lampião mandou avisar Corisco e Ângelo roque, que estavam arranchados bem próximos e junto com eles combinaram um ataque aos soldados.

Ainda com o escuro da noite, próximo ao amanhecer, Lampião recolheu alguns chocalhos com Pedro Gomes e seguiu as veredas que davam a cesso a lagoa do mel.

No coito da policia, prestes a amanhecer, o Zé Pretinho saiu com o intuito de pegar um bode para fazer parte do desjejum de todos ali.

Com a escuridão se transformando em luz, os soldados ouviram o tilintar de chocalhos e imaginaram que seriam os bodes se aproximando para beber água (um dos sobreviventes desse combate, o soldado José Sabino, ordenança do tenente, relatou, anos depois, que realmente confundiram os chocalhos, achando que eram alguns caprinos se aproximando para beber água na lagoa). Na verdade eram os cangaceiros cercando o coito.

Despreocupados, os policiais sofreram um forte e inesperado ataque, uma verdadeira chuva de balas caiu sobre eles. Vários corpos caíram atingidos por balas mortais e certeiras. A dificuldade encontrada pelos soldados foi que eles cometeram um grande vacilo. A lagoa do Mel era rodeada por uma cerca de varas e eles haviam dormido dentro do cercado. Quando eles tentavam transpor as madeiras se transformavam em alvo fácil e caiam mortalmente feridos. Um exemplo dessas mortes trágicas foi a do sargento Leomelino Rocha que morreu e ficou de pé pendurado nas madeiras. Em um dos bolsos desse sargento lampião encontrou um bilhete do coronel Petro indicando alguns locais onde ele se escondia.

O tenente Arsênio diante o desespero do momento, conseguiu efetuar uma rajada de metralhadora e acabou acertando a barriga de Ezequiel Ferreira. A arma depois emperrou e o tenente conseguiu retirar o percussor (ferrolho) da arma e fugiu levando a peça que deixaria a arma inutilizável.

Nesse dia Lampião chorou amargamente a morte do irmão caçula e teve que enterrá-lo, com a ajuda de Antonio Chiquinho, próximo a Lagoa do Mel.

Era a vida dos que viviam pelo poder das armas, que tombavam no dia a dia, pelo aço lacerante do pipocar das artilharias dos diversos grupos que traçaram as páginas do cangaço no nordeste brasileiro.

João de Sousa Lima

Paulo Afonso 12 de julho de 2018

Membro da SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço

Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso – cadeira 06

tenente Arsênio de souza

Ezequiel ferreira e Virginio

sargento leomelino Rocha

Amaury, Antonio Chiquinho (enterrou Ezequiel) e João de sousa Lima

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O GANGACEIRO CORISCO! O FAMOSO SANGUINÁRIO DIABO LOURO.

 Por Denilson Menezes


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UM HOMEM DA CULTURA FOI AO ENCONTRO DE DEUS!

Por Bosco Maciel

... e, faleceu um dos Grandes LUTADORES pelas CULTURAS POPULARES de nosso País !!!!! ... ficará em nossa História NICANOR JACINTO (Criador da "Tv ArtMulticultural) !!!!! ... este LUTADOR corria os "Centros Culturais" da Cidade São Paulo e Cidades 'circunvizinhas', há muitos anos, para gravar vídeos dos ARTISTAS POPULARES, editar, e divulgar !!!!! ... ele fazia isso sem custo (nenhum) para os Artistas ! ... era com DINHEIRO do próprio bolso, recursos que lhe fazia falta por ser APOSENTADO !!!!! ... sim, PERDEMOS um GRANDE Defensor de nossas CULTURAS POPULARES do Brasil !!!!! ... que DEUS nosso PAI MAIOR o receba nos SARAUS CELESTIAIS, e que conforte a FAMÍLIA, os AMIGOS, e os inúmeros ARTISTAS POPULARES, que com tristeza, já sentem sua FALTA !

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PADRE CÍCERO E ISAAC SALAZAR.

Por Antônio Xavier

Padre Cícero, ao lado do renomado médico Isaac Salazar, no dia 08 de Junho de 1934, em Juazeiro do Norte, o Padre sofria com várias enfermidades, dentre elas, a catarata. Aos 90 anos, decidiu trazer para cidade mencionada, o médico especialista, chegou e condenou seu olho esquerdo, mas conseguiu recuperar o direito, mas pouco se beneficiou do resultado da cirurgia, adormeceu no Senhor, no mês seguinte, nas primeiras horas da manhã do dia 20 de Julho. "A vida têm dessas coisas..."


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sexta-feira, 6 de junho de 2025

O CANGACEIRO - 1953

Lima BarretoLima Barreto

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O CANGACEIRO - 1953

Lima Barreto

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POVOADO TINGUI...

 Por João de Sousa Lima


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AMIGOS...

 Por Paulo Dias Pereira

Local onde está enterrado Antônio Ferreira, irmão de Lampião. Fazenda Poço do Ferro. Ibimirim -PE.

Narciso Dias "in memoriam" e meu primo Jorge Remígio.

Foto colhida na pagina do promo Jorge Remígio.

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quinta-feira, 5 de junho de 2025

SEU GALDINO, A ONÇA VERMELHA E O MEL. - Só como arquivo.

Por José Mendes Pereira

- Compadre Galdino, a sua novilha já pariu? – perguntou seu Leodoro sentado sobre uma cocheira no estábulo, enquanto fabricava um cigarro de fumo bravo.

- Ainda não, compadre. Ainda não. E eu não estou querendo soltá-la no pasto, quero acompanhar o seu parto de perto. E eu tenho medo que as onças comam o bezerro quando nascer. Ela está com um úbere que faz gosto de ver. E me parece que vai ser uma boa vaca leiteira.

- Foi à caça hoje, compadre Galdino?

- Fui. Mas não foi totalmente uma caça. Apenas eu sabia onde tinha uma colmeia de abelhas italianas, e como aqui em casa já estava quase sem mel, eu fui obrigado a ir tirá-la.

- Onde foi que o senhor encontrou esta colmeia?

- No Riacho do Pai Antonio – dizia seu Galdino apontando a direção.

- A colmeia estava gorda, compadre Galdino?

- Não tão gorda assim, pois eu esperava mais... Mas ainda me rendeu uma lata de mel, aliás, mel e cera.

- É, compadre, nesse período elas não estão tão gordas. Só quando chegar a primavera, período das flores e dos frutos.

- Mas compadre Leodoro, eu acho que Deus sempre me acompanha em minhas andanças.

- Sim senhor! – fez seu Leodoro.

- Assim que terminei o trabalho, isto é, da tirada do mel, eu não quis mais demorar pelas caatingas. Lá no Riacho do Pai Antonio, o senhor conhece muito bem aquele baixio..., eu estava na barreira, na parte alta, pelo lado de lá, tentando adquirir fôlego para enfrentar a viagem para casa. Fiz um cigarro, e quando o levei à boca para acendê-lo, fui surpreendido por uma onça vermelha.

- Uma onça vermelha, compadre, nessa mata?! – atalhou seu Leodoro se admirando.

- Sim senhor! Ela estava trepada em uma árvore, e se eu não tivesse levantado a vista, ela tinha me pegado e me estraçalhado de uma só abocanhada. Ela estava bem pertinho de mim, com os olhos aboticados me observando. De arma, eu só tinha meu facão. Tomei posição para enfrentá-la, mas tive medo, ela poderia tomar da minha mão o facão só com uma tapa. Mas veja o que passou por cima de mim...

- O que, compadre, passou diante do senhor? - interrompei Leodoro.

- Uma macaca, compadre. Uma macaca prego com um filhote sobre às costas. Ela vinha dependurada em um cipó. E quando se aproximou de mim, soltou o cipó, e com o impulso do seu próprio corpo, caiu do outro lado do riacho. Mas antes de soltar o cipó, eu ouvi uma voz que dizia assim: "- Salve-se, seu Galdino! Salve-se! Dependura-se no cipó e passe para o outro lado do córrego, se não a onça te come!"

- A macaca falou, compadre? – Quis duvidar seu Leodoro.

- Se não foi ela compadre, foi Deus! E eu que não sou besta, agarrei o cipó e me mandei dependurado nele, e só o soltei quando eu já estava do lado de cá com os pés em terra firme.

- Já vi, compadre Galdino, o senhor tem razão em dizer que Deus lhe protege. Acontecer desta macaca passar dependurada no cipó, e soltá-lo para o senhor se salvar das garras da onça. Só pode ser milagre. Não é isso mesmo, compadre?

- E a pois, compadre! – confirmou seu Galdino se gabando.

- Nesse momento que o senhor passou pro outro lado do riacho, perdeu o mel, mas ganhou a vida. - quis saber seu Leodoro,

- Quem lhe disse que eu perdi o mel, compadre Leodoro?

- O senhor voltou pro outro lado do riacho para apanhar o mel, diante da onça, que com certeza, ainda estava lá?

- Não senhor! O cipó que a macaca havia deixado para eu passar dependurado nele, pro outro lado do córrego, tinha um gancho no final da ponta dele, e no momento em que eu o agarrei, passei sobre a lata do mel, o gancho enganchou no arame da lata, e se mandamos nós dois juntos, isto é, eu e a lata do mel.

- O senhor é guiado por Deus mesmo! Ah, se eu tivesse essa mesma sorte que o senhor tem, compadre Galdino!

- Graças ao meu bom Deus, compadre Leodoro! Se não fosse aquela macaca de aparecer naquele momento, hoje eu seria um finado naquelas matas do Pai Antonio! Sim, senhor!!!

- Vou embora, compadre Galdino. A Gertrudes é muito medrosa e está só..., até mais tarde, compadre!

- Até, compadre Leodoro! Vai-te corno! Dizia seu Galdino consigo mesmo. A Gertrudes não tem medo de onça. Ela tem medo é de você, sua peste. Um homem ignorante que nem falar sabe direito!

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

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VAQUEIRO ZÉ DA LAVRA ESCAPA DA SURRA DO CANGACEIRO ÂNGELO ROQUE.

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=trNeJb0hjwI&t=394s

Quer ajudar nosso canal? Nossa chave Pix é o e-mail: narotadocangaco@gmail.com O vaqueiro Zé da Lavra fala ao pesquisador João de Sousa Lima sobre o encontro com os cangaceiros do bando de Lampião e de como escapou da surra do cangaceiro Ângelo Roque, o Labareda. Link desse vídeo:    • Vaqueiro Zé da Lavra escapa da surra do ca...

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O TRÁGICO FIM DO CANGACEIRO ZEPELIM E A M°RT3 DO PAI DE JOÃO TORQUATO (O HOMEM QUE ALEIJOU CORISCO)

 Por Helton Araújo

https://www.youtube.com/watch?v=7RlNHs6AerE

Conheça o enredo da história que levou aos trágicos fins de Zepelim e do velho Torquato, pai do homem que aleijou Corisco.

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O CANGACEIRO CAIXA-DE-FÓSFORO | CNL | 1313.

Por O Cangaço na Literatura
https://www.youtube.com/watch?v=y7JGzFFia-s&t=5s

Livro sobre CORISCO e DADÁ https://www.swainstituto.com.br/loja/...

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A MORTE DE ZÉ DE JULIÃO, O CANGACEIRO CAJAZEIRA

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=mB_ThoE_sx8 

Quer ajudar nosso canal? Nossa chave Pix é o e-mail: narotadocangaco@gmail.com 9º vídeo da série Rota do Cangaço - Poço Redondo, onde o pesquisador Manoel Belarmino fala sobre o cangaço em Poço Redondo e também sobre o filho da terra Zé de Julião, o cangaceiro Cajazeira. Ilustrações: Matheus Almeida Cordeiro Violão: Beto Sousa Link desse vídeo:    • A morte de Zé de Julião, o cangaceiro Caja...  

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ZÉ DE JULIÃO APARECE EM POÇO REDONDO E A DOLOROSA NOTÍCIA

  Por José Mendes Pereira

O cangaceiro Zé de Julião

O escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa, diz em seu trabalho sobre o cangaceiro Zé de Julião que ele estava nas redondezas de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Uns falavam pelos cantos da boca, que a sua visita, nada mais era do que deixar os seus inimigos, todos intranquilos, ou ainda para receber uma boa quantia do Artur, ainda despesas gastas no pleito que foi realizado em Poço Redondo. 

Fonte - Youtube

Outros diziam que não, era apenas uma visita à sua querida e amada terra. Na lei orgânica do município, não existia nada que proibia um filho de lá, passear pelas ruas da sua terra. Mas as suas aparições seriam que o ex-bandido estava se tornando muito famoso e perigoso? E por isso, enviaram-no de volta a Poço Redondo, na companhia de Eron, um afamado e perigoso pistoleiro, para que este o matasse e todos se livrassem do incômodo chamado Zé de Julião? Essas e outras eram as perguntas que todos faziam caladamente em suas mentes.

O cangaceiro Zé de Julião.

As conversas continuavam se alastrando por todo Poço Redondo, que Zé de Julião, um verdadeiro cangaceiro dos tempos de Lampião, estava nas terras do município. As fofocas continuavam. Zé de Julião fora ou não, visto pelos arredores de Poço Redondo? Era verdade ou não que diziam sobre sua misteriosa presença no município?                                                    

No sábado, dia 18 de fevereiro de 1961, Artur e Elieser chegaram a Poço Redondo.  Artur chegou à cidade, vindo de sua fazenda no povoado Bonsucesso. Veio intencionalmente fazer a feira, esta seria feita no domingo, e se hospedou na casa da filha Parceirinha. Sem que ninguém compreendesse o porquê, no dia 19, um domingo, Artur, antes de o sol apontar, os moradores das vizinhanças que iam para a feira, na estrada Poço Redondo-Curralinho, encontraram Artur e o prefeito Eliezer, e conversavam um assunto que talvez, de muito interessante para ambos. Diz Alcino que essa caminhada, apenas os dois, quando todos sabiam dos boatos existentes sobre a possível presença de Zé de Julião no município. 

Com o calor forte do sol, que esquentava o sertão, os dois retornaram. Artur não mandou ninguém, e ele mesmo foi ao mercado fazer suas compras, inclusive, carne, e lá por bobagem, disse a todos que iria voltar à fazenda, precisava estar lá, ou fazendo com que todos escutassem as suas palavras, talvez na tentativa de forjar algo. Como você leitor, vem acompanhando bem a história, Artur chegou de Bonsucesso montado em seu famoso cavalo, um animal que causava inveja aos fazendeiros, sendo este considerado o melhor da região. 

Só como ilustração

E em companhia do Artur, esta não podia faltar, dona Laura, na garupa de seu esquipador. O mais incrível e suspeito, foi que Artur deixou o seu cavalo e retornou para a fazenda montado em um cansado e velho burro, tendo ele conhecimento da presença de Zé de Julião na área. Como também a população se admirou de Artur ter deixado a sua esposa em Poço Redondo, tendo ele retornado sozinho para sua morada.                                                                           

Nesse dia, era um domingo e de muito verão. Um sol bruto já esquentava fortemente os campos. Artur viaja rompendo as pesadas areias quentes do caminho de sua fazenda denominada Bastiana. A estrada era estreita, tinha aparência de vereda, com ligeiras curvas, e sem pressa, o burro caminhava em direção à fazenda. Em uma das várias curvas, sem menos esperar, um homem sai na estrada e ligeiramente não deixou mais o burro continuar seus passos. Apavorado com o que estava vendo em sua frente, Artur conheceu a figura do Zé de Julião. Desesperado, deu um grito assustador:                                                                                        

- Valei-me, Nossa Senhora, mãe de Jesus!

Zé de Julião tentou agarrar as rédeas do burro. O animal espantando-se, não esperou por mais nada, e fez carreira na estreita estrada.  Artur como sempre fora um bom cavaleiro, sentindo o perigo, deitou-se sobre a sela e tentou fugir dali o rápido possível. Os tiros sugiram e o burro que não era besta, correu mais ainda. Um tiro maior do que os primeiros foram disparados. Em seguida, um silêncio foi feito e foi aí que Artur percebeu que estava totalmente vivo e sã. Em vez de seguir a viagem para a Fazenda, voltou para Poço Redondo.

Ao chegar lá, com a roupa toda suja de sangue, comunicou aos policiais. O comandante reuniu os soldados, formou uma volante e para o local se dirigiram levando mais um rastejador. Em uma das curvas da vereda, encontraram três tocaias. Um rastejador seguiu as pegadas ali existentes, e ao passar por cima de umas pedras, avistou um corpo caído do outro lado. Os militares invadiram o local e reconheceram de imediato, que aquele corpo ali estendido, era na verdade o do famoso Zé de Julião. Havia morrido de papo para cima e os óculos permaneciam nos olhos.                            

Diz Alcino que, no sábado, por volta de nove horas da noite, Zé de Julião e seus dois companheiros, haviam tomado banho no tanque da fazenda Queimada Grande. Como era uma noite enluarada, várias pessoas da fazenda observavam, mesmo com a grande distância, deu para elas verem que eram cangaceiros que àquelas horas se banhavam no açude da fazenda.                                                                            

Um senhor chamado José Vitor, que era o vaqueiro desta fazenda chamada Barra da Onça, disse que justamente por àquelas horas, Zé de Julião o chamou pedindo-lhe fósforo, dizendo que ia para a Fazenda Bastiana do senhor Artur.               

Para desconfiança de muitos, que na verdade não poderia ter sido outro plano, e sim, plano dos senhores: Artur e Zé Vitor que possivelmente tramaram a morte de Zé de Julião. Depois da morte do afamado cangaceiro, e já tendo acontecido os depoimentos, Zé Vitor que era um aliado de Zé de Julião, e que antes era um pequeno vaqueiro, deixou a vaqueirice e comprou uma pequena fazenda bem próxima da cidade. O que você acha leitor? Foram eles ou não, os culpados da morte de Zé de Julião?                                                                        

Ainda diz Alcino Alves, em seu texto, que uma versão de uma pessoa (Alcino não revela o nome da pessoa em seu texto), que Zé de Julião, estava acoitado em um lugar bem perto da Queimada Grande, chamado Umbuzeiro de Fora.  No sábado à noite, ele havia recebido a visita do amigo Zé de Pastora, este comprara algumas encomendas para Zé de Julião, em Pão de Açúcar: Foram as compras: Um par de alpercatas, fumo e um vidro de pílula Rossi. Lá eles conversaram até altas horas da noite com o amigo Zé de Pastora. Quando este foi embora, não viajou quinhentos metros, escutou uns tiros no coito e um medonho grito. Correu não passou nem em sua fazenda, foi direto para a beira do rio, fugindo, amedrontado, para a proteção de Elísio Maia, em Pão de açúcar.  

Zé de Julião foi encontrado morto e no local, apesar do ferimento, em cima do peito e rompendo as costas, no chão, não existia uma gota de sangue, apenas uma leve umidade, mesmo sendo um terreno de areia, que as gotas de sangue não sumiriam. Estas observações que foram feitas, dúvidas e mais dúvidas ficaram sobre a sua morte.

Artur chegou a Poço Redondo, com a roupa toda ensopada de sangue, e aparentemente seria necessária de uma cirurgia urgente. Mas feita as verificações, Artur não tinha nada que levasse a uma enfermaria, mas apenas um de seus dedos, pelo lado interno, tinha sofrido um pequeno ferimento na unha.    

Mas ali, as pessoas presentes, notaram logo que se tratava de uma verdadeira trama, já que Artur não teve nenhum ferimento que fosse necessário uma cirurgia.  Diziam os especialistas que, uma bala nunca poderia atingir aquele local sem ferir outras partes do corpo, porque as mãos e os dedos de Artur estavam amparados por todo o seu corpo. E ainda, uma vez que ele estava montado no burro, deitado na sela, como ele mesmo havia declarado as autoridades, e ainda as mãos segurando as rédeas do animal. Estas eram as perguntas que circulavam no meio de Poço Redondo: Como seria possível uma bala procurar desviar-se do resto do corpo e ir alcançar um dos dedos que estava protegido pelo seu próprio corpo?                               

Ao anoitecer, depois de uma grande caminhada e dificultada pelo enorme peso do cangaceiro, os soldados chegaram a Poço Redondo com o morto enrolado em uma velha rede. O pranto e a dor dos de Poço Redondo foi sem igual, apesar de facínora, mesmo os seus adversários não lhe desejavam uma cruel morte. O Zé de Julião estava morto.  Foi para o outro mundo além, o além que nunca mais retornaria aos convívios de Poço Redondo, deixando as festas, as cachaças, as amadas mulheres, os amados filhos, deixando no mato de sua espinhosa caminhada através dos tempos, a terrível luta que por toda sua vida enfrentou contra os projetos do destino. De nada valeu e nem de nada aproveitou. Sempre havia imaginado de um dia tentar apagar a sua nódoa de cangaceiro, mas isso era impossível. Quem já havia sido, continuaria sendo. Que mal fez em um dia entrar naquele mundo de morte e desgraças a toda hora, só pelo prazer de satisfazer vontade de Lampião.

Como Zé de Julião, apesar de ser um perigoso cangaceiro, lá em Poço Redondo, ele havia feito muitos benefícios em prol dos moradores. E ele não esperava que um dia a sociedade o perdoasse. Diz Alcindo que a odisseia de Zé de Julião jamais poderá ser esquecida e servirá de exemplo para todos aqueles que se aventure pelos caminhos perigosos.    

Zé de Julião pagou com a vida e foi arrasado neste grande mundo, que para ele era apenas um pequeno fragmento de poesias, quando queria abraçar o imenso mundão, como se tudo fosse dele. Depois de tantos sofrimentos, lutas ferozes, batalhas destruidoras, correrias nas caatingas, livrando-se dos policiais do governo, e de ter sido cangaceiro e considerado um fora da lei, recebeu como presente uma bala no corpo, começando pelo peito e saindo nas costas sofridas do sol e da poeira.                

Confirma Alcino, que hoje o nome apenas existe, mas é totalmente esquecido e abandonado. A poeira dos desenganos fê-lo de um homem qualquer, sem nenhuma influência aos que vivem, e do tempo a tudo apagou e condenou ao esquecimento o homem que com coragem e obstinação enfrentou a poderosa e invencível força do destino, sabendo-se de antemão, ser a parte fraca que inevitavelmente sairia perdendo.

Hoje já não se conhece o Zé de Julião, apenas uma vaga lembrança passa pelos mais velhos que ainda restam, e que o dia 19 de fevereiro é uma data como qualquer outra.

Conta Alcino que Zé de Julião está num escondido e canto triste e solitário do pequeno cemitério da cidade de Poço Redondo.  Foi enterrado numa humilde cova que talvez já nem exista mais, lá os seus restos mortais do bravo e injustiçado Zé de Julião. Seus patrícios já nem visitam a sua cova, já não se lembram do amigo e irmão que sempre sobre ser leal e sincero para com todos. O passar dos anos apagou a imagem sincera e honesta do grande filho de Poço Redondo. Nos dias em que se completam anos de sua morte, o velho sino da igreja já não retine os seus pesarosos e saudosos ecos.

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quarta-feira, 4 de junho de 2025

O CORONEL COMPRAVA AS MOÇA... ATÉ LAMPIÃO CHEGAR".

 Por Mundo do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=4c3KUEqHUeg

Nessa história real e forte, você vai conhecer o coronel que comprava as filhas dos pobres no agreste nordestino… até o dia em que uma senhora, à beira da morte, contou tudo a Lampião. O que veio depois foi vingança, bala, medo e justiça à moda do cangaço. Esse é um dos relatos mais emocionantes e revoltantes do sertão antigo. Contado com o palavreado raiz do nordeste e cheio de detalhes reais, sem invenção e sem fantasia. Se você gosta de histórias do cangaço, esse vídeo é pra você. Assista até o fim. Comente o que achou. Inscreva-se no canal Mundo do Cangaço pra ouvir mais relatos como esse. #Lampião #Cangaço #HistóriaNordestina #MundoDoCangaço #CoronelDoAgreste

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A HISTÓRIA DE CORISCO - BIOGRAFIA COMPLETA. #cangaçologia

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=T2DnzrCaqkI

A história do cangaceiro Corisco um dos mais temíveis e perversos cangaceiros de todo o ciclo do cangaço. Um cangaceiro que "ferrou" seu nome com sangue, lutas e violência na história do cangaço nordestino. CONHEÇAM A NOSSA LOJA: https://www.lojaodonordeste.com/ Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. Colaborem com o crescimento e com as melhorias do canal. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações e publicações. Forte abraço! Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia, Cangaceirismo e cultura nordestina e Arquivo Nordeste. Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / cangaçologia  

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O REI DAS CANÇÕES, ELIZEU VENTANIA

 Por José Mendes Pereira

https://www.youtube.com/watch?v=Y5UHBLqvO3E

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terça-feira, 3 de junho de 2025

VELÓRIO DE ODILON NOGUEIRA DE SOUZA, O AFAMADO ODILON FLOR.

Por Helton Araújo

Hoje, conversando com o amigo Hildegardo Luna Ferraz Nogueira , tive o prazer de ter acesso a esse riquíssimo material histórico. Na foto abaixo podemos ver o velório de Odilon Nogueira de Souza, o afamado nazareno Odilon Flor.

Odilon Flor sem dúvidas foi um dos maiores perseguidores de Lampião, tendo sofrido terríveis perdas nos combates com o bando do famigerado cangaceiro ao longo dos anos, mas em contrapartida foi um dos mais letais adversários de Virgolino, causando significativos danos aos cangaceiros.
O bravo nazareno, faleceu na cidade de Itabuna, no estado da Bahia, em 07 de novembro de 1950, vitimado por um câncer de garganta aos 47 anos de idade.
E esse foi o fim de um dos maiores expoentes da história do cangaço. ODILON FLOR !
Foto : Cortesia : Hildegardo Luna Ferraz Nogueira
Agradecimentos a toda família de Odilon Flor.
Edição Arquivo Digital Helton Araújo
Obs : Essa foto apesar de não ser tão divulgada, já foi postada por Geraldo, do canal Cangaçologia.

https://www.facebook.com/search/top/?q=Canga%C3%A7o%20Eterno

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