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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

NOS ANOS 60 E 70, AS TERTÚLIAS ROLAVAM SOLTAS NO MEIO DA NOITE.

 Por José Mendes Pereira

https://www.facebook.com/watch/?v=1025020404286905

Tertúlia é um substantivo feminino e significa uma reunião de família ou amigos. Pode ser também classificada como um coletivo de pessoas íntimas reunidas em prol de um mesmo objetivo.

A visualização de amigos dançando em uma tertúlia pode inspirar diferentes estilos de dança e ambientes sociais, desde danças tradicionais a encontros informais. A "tertúlia" refere-se a um encontro social ou literário, e não a um estilo de dança específico, o que significa que o tipo de dança pode variar amplamente.

Normalmente, as tertúlias possuem uma conotação artística e didática, como um espaço para criação e discussão filosófica. Na região sul do Brasil, as tertúlias são conhecidas por momentos de festa e reforço do regionalismo sulista. Festivais de música e canto também constituem as tertúlias, que podem ser organizadas e realizadas nas escolas, centros comunitários ou dentro de um grupo familiar isolado.

Nos anos 60 e 70, com a explosão da Jovem Guarda, onde os principais artistas mais conhecidos foram Roberto Carlos, Erasmo, Wanderléa, Ronnie Von, Eduardo Araújo e Sylvinha Araújo, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Martinha, Vanusa, Rossini Pinto, Leno e Lílian, Evinha (Trio Esperança), Deny e Dino, Paulo Sérgio, Dick Danello, Agnaldo Rayol, Reginaldo Rossi, Sérgio Reis, Antônio Marcos, José Roberto, Márcio Greyck, Sérgio Murilo, Waldirene, Arthurzinho, Ed Wilson, Ronnie Cord, Ary Sanches, José Ricardo, Jorge Ben Jor, Tim Maia, Bobby de Carlo, Jean Carlo, Cleide Alves, George Freedman, além de bandas como Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Lafayette e seu Conjunto, Os Incríveis, Os Vips, Os Jovens, The Pops, The Fevers...

https://www.historiadetudo.com/jovem-guarda

A juventude de Mossoró e de todas as cidades do Brasil enlouqueceram, principalmente a moçada que vivia grudada ao cós largo da mãe e do cós das calças do pai, e para ter mais liberdade, as jovens criaram  uma tal de Tertúlia para se divertirem em suas casas, com os seus pretendentes jovens que ainda estavam um pouco fora da moda.

Em todos os bairros de Mossoró, geralmente nas casas das moças, elas organizavam uma festa através de uma pequena radiola portátil, e convidavam um grupos de jovens, faziam festas.

Que tempo bom aquele que se foi e nunca mais voltará! 

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A BALA QUE QUASE MATOU MANOEL NETO

Por Antônio Correa Sobrinho

Manuel Neto

Não vejo, dentre os que mais corajosa e afanosamente combateram o cangaceiro Lampião, quem tenha sobrepujado Manuel Neto, o militar pernambucano da família Ferraz, de Nazaré dos Picos, também conhecido por Mané Neto, este que, só por causa do destino, que não permitiu, deixou de dar cabo de Lampião e nem por ele foi abatido.

Da mesma forma que não vejo, no grupo destes destemidos comandantes militares, caçadores vorazes e contumazes de cangaceiros, quem mais se expôs ao perigo, arriscou-se mais e, agora quem se arrisca sou eu, feriu-se mais nas medonhas refregas com o chefe Lampião e seus comparsas, do que este mesmíssimo Manuel Ferraz Neto.

Manuel Neto que, nos dias do cangaço, tanto se arriscou e, segundo alguns, pouco caso fez de sua própria integridade física durante os tiroteios, vivenciou o mais grave dos seus ferimentos, o qual quase o levou à morte, ironicamente bem longe dos campos de batalha nas caatingas, que se deu nos dias iniciais do mês de junho de 1945, quando, dentro da cadeia da cidade de Sertânia (antiga Alagoa de Baixo), município onde exercia o cargo de delegado regional, leva um tiro na barriga, conforme leio no jornal “O Diário de Pernambuco”, de 09 deste mês e ano.

Segundo a notícia, o destemido Manuel Neto prendera pessoalmente e levara à prisão um conhecido e perigoso ladrão de animais (nome não revelado), quando, num breve descuido da parte deste militar, o ladrão sacou de um revólver e, à queima-roupa, desferiu um tiro certeiro no abdome do capitão, prostrando-o. E que, diante da gravidade do ferimento, ele foi conduzido para o município de Pesqueira, em cujo hospital foi operado, onde se encontra em estado grave de saúde, mas apresentando melhoras, conclusão do informe. Recuperou-se, com certeza, o mais afamado dos caçadores de Lampião, temido e respeitado por este cangaceiro.

https://www.facebook.com/jose.mendes.pereira.52603

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NAS CACIMBAS DO AMOR...

 Por Artur Leite


Nas cacimbas do amor,
com a caneca da saudade, 
vou tomar água de paixão,..
para matar a sede do meu poetar.

Enviado pelo autor.

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. Calma! Calma!

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" siga o nosso blog. 

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FERREIRA DA GAZETA DO OESTE - SERESTEIRO

 Por José Mendes Pereira

José Ferreira Filho

José Ferreira Filho nasceu em Mossoró, no dia 15 de Agosto de 1946.  Quando criança fez de tudo para adquirir o sustento,  como por exemplos: levar feira, mala, dar recados, vender guloseimas, bombons e outros.

Começou a trabalhar em jornal muito jovem, e no dia 10 de Junho de 2010, havia completado  cinquenta anos no ramo gráfico. Era uma das suas paixões, e jamais deixou de fazer um bom trabalho; tinha interesse pelo jornalismo.

Iniciou na tipografia derretendo  o chumbo para alimentar as máquinas linotipos, e posteriormente tornou-se tipógrafo, fazendo chapas, distribuindo tipos nas caixetas, e até mesmo paginando o jornal

https://medium.com/deadlines/uma-breve-introducao-a-linotipia-a06bdffdc215

Na continuidade dos seus trabalhos foi oferecido a oportunidade de aprender a operar as linotipos, máquinas que eram muito difíceis o seu manejo para  principiantes, mas ele sendo inteligente, logo passou a ser um dos operadores profissionais de uma delas,  e foi um grande linotipista. Após sua saída do jornal "O Mossoroense" foi para a "GAZETA DO OESTE, a convite de seu fundador, Canindé Queiroz, em 1982.

Canindé Queiroz - vice prefeito de Mossoró

E no dia  30 de Abril de 1982, foi nomeado chefe das oficinas da gráfica. Mas  como ainda tinha um acordo com o jornal "O Mossoroense", tomou posse somente no "Jornal Gazeta do Oeste", no dia 02 de Junho de 1982. Ele foi o autor da série "Nossos Valores". Devido ter trabalhado muitos anos na "Gazeta do Oeste", foi alcunhado por "Ferreira da Gazeta".

Neste prédio funcionavam a Rádio Difusora de Mossoró, Cine Caiçara e Editora Comercial S.A.

Nos anos setenta, ele e eu trabalhamos juntos na "Editora Comercial S/A., nos dias de hoje, extinta. Era uma empresa que dominava duas emissoras, "Rádio Difusora de Mossoró" e "Rádio Difusora de Areia Branca", sendo que esta última foi desativada, não sei, talvez por não estar com a documentação legal. E uma rede de cinemas, "Cine Caiçara de Mossoró", "Cine Jandaia de Mossoró" e "Cine Miramar de Areia Branca".

No período em que nós trabalhávamos juntos, José Ferreira já era linotipista, e eu fazias as confecções manuais das chapas, isto é, juntando letras por letras para fazer as composições.

Posteriormente José Ferreira saiu da "Editora Comercial S/A.", e eu que já havia aprendido operar a linotipo com o linotipista Raimundo Costa, passei a ser o linotipista da empresa, quando fazia as composições de orçamentos de diversas prefeituras do Alto Oeste potiguar.

Além dessas eu fazia linotipicamente a composição dos livros da "Coleção Mossoroense", uma Fundação criada pelo Dr. Vingt Rosado Maia, sendo que esta, dava oportunidades a diversos autores de livros, tanto a profissionais como a principiantes.

 FERREIRA - ARTISTA

José Ferreira Filho não só foi jornalista, como também foi um dos melhores seresteiros de Mossoró e da região. Gostava de divertir o seu cativo público em diversas casas de Shows. Tanto era amante do jornalismo como também da música.

Em anos remotos, na década de setenta, eu residia na "Casa de Menores Mário Negócio", uma instituição que dava assistência a menores, sob o domínio do "SAM" - Serviço de Assistência ao Menor", que foi substituído pela "FEBEM", e José Ferreira Filho morou lá por alguns meses, era casado com uma senhora irmã da Vice-diretora desta instituição dona Salete Rocha. Como eu ainda aos dezoito anos achava bonito o toque de violão, tomei emprestado o seu, para que eu pudesse aprender algumas notas (coisa que nunca eu aprendi, e dos piores violonistas, eu sou o pior), mas por má sorte, quebrei o seu amado e zeloso violão.

Ferreira, viúva Marlete e sua filha Milena

Os dias foram se passando, e eu com vergonha de falar para ele o que tinha acontecido com o seu instrumento, fiquei na moita. Ele me mandou um recado que eu fosse devolvê-lo. Não havia outro jeito, contei o que tinha acontecido. Mas ele foi compreensivo e me pediu que eu mandasse consertá-lo, isso acontecia com qualquer um.

Procurei um carpinteiro de primeira categoria, e mandei consertá-lo. Dias depois, eu fui entregá-lo. Não sei se foi apenas para me agradar, mas o serviço feito pelo carpinteiro foi elogiado por ele.

Os tempos se passaram e perdemos por completo o contato. Anos depois, eu soube que ele estava fazendo serestas por essa Mossoró e região. E posteriormente o encontrei e lhe fiz a seguinte pergunta:

- Ferreira, quando você descobriu que é cantor?

Ele me respondeu o seguinte:

- Para te falar a verdade, nem eu mesmo sei. Comecei a me apresentar por aí, o público tem gostado, e eu continuo fazendo as minhas serestas.

José Ferreira foi sem dúvida um dos melhores seresteiros de Mossoró.

Não cheguei a vê-lo em uma cadeira de rodas, mas me falaram que ele chegou a usá-la como meio de se deslocar.

José Ferreira Filho, ou Ferreira da Gazeta faleceu no dia 17 de Agosto de 2010 (15 anos já se foram), vítima de problemas pulmonares.

Este blog deseja que o Ferreira da Gazeta condinue sendo abençoado por
Deus por onde ele estiver.

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DADÁ E ZÉ RUFINO SE ENCONTRAM ANOS DEPOIS...

 Por Pedro Gonçalves

O ano era 1968 em Jeremoabo Bahia, ex cangaceira DADÁ vai ao encontro do então tenente Zé Rufino volante que encurralou DADÁ e seu companheiro corisco na fazenda Pacheco onde corisco recebeu uma rajada de metralhadora e DADÁ recebeu um tiro na perna onde precisou amputar. O encontro teve muitas histórias. ( uma curiosidade sobre esse encontro que passado alguns meses depois Zé Rufino veio a falecer).

https://www.facebook.com/photo/?fbid=1388605299273821&set=gm.2342260332911796&idorvanity=471177556686759

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

SINHÔ PEREIRA E LAMPIÃO TROCAM TIROS COM UM PADRE.

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=s_89fjifhUI

Nesse vídeo Prof. Antônio Amaury fala de um pesado tiroteio entre Sinhô Pereira e Lampião contra o Padre Lacerda. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com

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HOMENAGEM AO DR. ANTÔNIO AMAURY

 Por luma Hollanda

Homenagem ao grande Escritor, Dr. Antônio Amaury em Paulo Afonso.

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NO LOCAL ONDE TOMBOU LAMPIÃO.

 Por Robério Santos

Querem que eu leia este jornal completo? Estou chocado com o conteúdo!

https://www.facebook.com/photo/?fbid=10163544428142840&set=a.486697157839

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CANGACEIROS, COITEIROS E VOLANTES

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=bUkYpb9fBXE

Nesse vídeo falo um pouco sobre a relação complicada entre cangaceiros, coiteiros e volantes e a violência embutida em tudo isso. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com #lampiao #cangaço #maria bonita #cangaceiros

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A PRIMEIRA PAIXÃO DE LAMPIÃO

 

Virgulino tinha 19 anos de idade. Rosa, uma morena da Ribeira, foi sua primeira paixão. Imaginava Desposá-la.

No dia 31 de maio era hábito realizar-se, em Nazaré, a festa de encerramento do mês mariano, ou seja, mês de Maria, a mãe de Jesus. Todo pessoal comparecia bem vestido. Virgulino também foi à festa. Vestiu a melhor roupa. Na igreja, correu os olhos pelos bancos e avistou a namorada. A menina tinha 16 anos de idade, olhos castanhos muito vivos, cabelos pretos, atados a uma fita azul. Rezava ajoelhada. Depois do terço eles se olharam. O amor sertanejo naquele tempo eram apenas olhares.

Ficaram algum tempo na calçada. Observaram o céu pontilhado de estrelas. Os foguetes espocavam.

Rosa retirou-se acompanhada da sua família. Encobriu-se na curva da estrada. Virgulino estava apaixonado.

Nessa época era Virgulino o vencedor das famosas vaquejadas de Vila Bela (Serra Talhada) e de Nazaré (distrito de Floresta). As moças vibravam quando ele cavalgava e rodava os dedos uma chibatinha. Após as vitórias, aplaudiam e enfeitavam de fitas o vaqueiro almocreve, artesão e poeta.

Meses depois, tudo findou. O destino estúpido traçou-lhe um paralelo, com caminhos diferentes. Foram raras as oportunidades que os dois enamorados se avistarem. 

Nas horas vagas, Virgulino dedicava à menina, com carinho, versos de sua autoria, que cuidadosamente guardava no alforje:

(transcrevemos dois dos quatro estrofes)

Tive também meus amores,
Cultivei minha paixão,
Amei uma flor mimosa,
Filha lá do meu sertão,
Sonhei de gozar a vida
Bem junto à prenda querida
A quem dei meu coração;

Quando de ti me apartei,
Naquela tarde saudosa,
Não pude mais consolar
A minha alma piedosa,
Rosa aceite um adeus!
Nesta cartinha amorosa

Fonte: Lampião – Cangaço e Nordeste – Aglae Lima de Oliveira
foto: Virgulino com 20 anos de idade.

Segunda Fonte: facebook
Página: Ruy Lima
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1394208990601533&set=gm.1700967100215794&type=3&theater

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VILA DO ARARIPE, A CASA DE LUIZ GONZAGA

 

https://www.youtube.com/watch?v=apz1_UVztYE

Publicado em 22 de janeiro de 2013

Ô de casa... A Vila do Araripe, no sertão de Pernambuco, é a casa de Gonzagão. Foi onde ele nasceu, de onde partiu em busca da fama e para onde voltou, 16 anos depois, protagonizando o diálogo mais famoso da música nordestina ao abraçar o pai, Januário. Visitamos a Vila nas festividades que marcaram o centenário do Rei do Baião. Tem depoimentos de sanfoneiros e artistas gonzaguianos. Não perca.

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Música
"A Vida Do" por Luiz Gonzaga ( • )

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A PRIMEIRA PAIXÃO DE LAMPIÃO

Virgulino tinha 19 anos de idade. Rosa, uma morena da Ribeira, foi sua primeira paixão. Imaginava Desposá-la.

No dia 31 de maio era hábito realizar-se, em Nazaré, a festa de encerramento do mês mariano, ou seja, mês de Maria, a mãe de Jesus. Todo pessoal comparecia bem vestido. Virgulino também foi à festa. Vestiu a melhor roupa. Na igreja, correu os olhos pelos bancos e avistou a namorada. A menina tinha 16 anos de idade, olhos castanhos muito vivos, cabelos pretos, atados a uma fita azul. Rezava ajoelhada. Depois do terço eles se olharam. O amor sertanejo naquele tempo eram apenas olhares.

Ficaram algum tempo na calçada. Observaram o céu pontilhado de estrelas. Os foguetes espocavam.

Rosa retirou-se acompanhada da sua família. Encobriu-se na curva da estrada. Virgulino estava apaixonado.

Nessa época era Virgulino o vencedor das famosas vaquejadas de Vila Bela (Serra Talhada) e de Nazaré (distrito de Floresta). As moças vibravam quando ele cavalgava e rodava os dedos uma chibatinha. Após as vitórias, aplaudiam e enfeitavam de fitas o vaqueiro almocreve, artesão e poeta.

Meses depois, tudo findou. O destino estúpido traçou-lhe um paralelo, com caminhos diferentes. Foram raras as oportunidades que os dois enamorados se avistarem. 

Nas horas vagas, Virgulino dedicava à menina, com carinho, versos de sua autoria, que cuidadosamente guardava no alforje:

(transcrevemos dois dos quatro estrofes)

Tive também meus amores,
Cultivei minha paixão,
Amei uma flor mimosa,
Filha lá do meu sertão,
Sonhei de gozar a vida
Bem junto à prenda querida
A quem dei meu coração;

Quando de ti me apartei,
Naquela tarde saudosa,
Não pude mais consolar
A minha alma piedosa,
Rosa aceite um adeus!
Nesta cartinha amorosa

Fonte: Lampião – Cangaço e Nordeste – Aglae Lima de Oliveira
foto: Virgulino com 20 anos de idade.

Segunda Fonte: facebook
Página: Ruy Lima
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1394208990601533&set=gm.1700967100215794&type=3&theater

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terça-feira, 2 de dezembro de 2025

UMA VIAGEM AO TEMPO.

Por Astronautila

Hoje, enquanto eu escolhia essa foto para postar, parei por um instante e fiz uma viagem no tempo dentro da minha própria cabeça. Olhei para a mulher que sou hoje e senti uma onda gigante de orgulho invadir meu peito. Mais um ano de vida. Mais um ciclo que se completa. E, sinceramente? Que jornada incrível tem sido.

Se alguém me perguntasse anos atrás onde eu estaria hoje, talvez eu não soubesse responder com precisão, mas com certeza eu esperava ter exatamente essa força que carrego agora. Celebrar mais um aniversário não é apenas contar os anos no calendário, é celebrar cada batalha silenciosa que venci, cada momento em que precisei me reinventar e cada sorriso que decidi manter no rosto, mesmo quando o mundo esperava o contrário.
A vida me ensinou que a verdadeira liberdade não está apenas no ir e vir, mas na coragem de ser quem a gente é, sem filtros e sem desculpas. Minhas rodas são minhas companheiras, mas elas nunca, jamais, definiram o tamanho dos meus voos. Pelo contrário, elas fazem parte da minha história de resiliência e de amor pela vida.
Hoje eu celebro a minha essência. Celebro a mulher vaidosa, sonhadora e forte que habita em mim. Agradeço a Deus por cada fôlego, por cada pessoa que caminha (ou roda) ao meu lado e por me permitir viver com tanta intensidade.
Obrigada, vida, por tanto. E parabéns para mim, porque eu mereço cada pedacinho dessa felicidade!

ADENDO:

Feliz aniversário, linda! Deus permanece te amando como sempre! Parabéns para você! Que Deus triplique os seus dias de vida para junta com os seus familiares e amigos, comemorar todos os anos permitidos por ele!

José Mendes Pereira, administrador deste blog.

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SABINO GOMES

Por Abdias Filho

Um dos mais fiéis líderes de subgrupo, Sabino Gomes das Abóboras foi também um dos primeiros subchefes. Muitos diziam preferir mil vezes cair nas mãos de Lampião do que de Sabino.

Sabino tem um capítulo no meu livro LAMPIÃO - Os Principais Chefes de Subgrupos.

No dia 27 de março de 1928, enquanto esperava um carregamento no coito de uma fazenda Sabino foi atingido por um tiro de fuzil que perfurou seu intestino.

Foi retirado do palco do combate por seus companheiros (Lampião estava presente). No dia seguinte, no meio da caatinga, Sabino implorava para seus companheiros encerrarem seu sofrimento.

Lampião acabou concordando e passando a missão para o cangaceiro Mergulhão que encerrou a carreira de seu chefe com um tiro de pistola parabellum. Antes porém, Sabino rezou uma prece, cobriu o próprio rosto com um lenço e fez sinal de ok para o colega.

https://www.facebook.com/groups/471177556686759

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

CABEÇA GIGANTE DO PROFESSOR, ESCRITOR, AGRÔNOMO E PESQUISADOR DO CANGAÇO BENEDITO VASCONCELOS MENDES.

  Por José Mendes Pereira

Foto gentilmente cedida pelo professor

Benedito Vasconcelos Mendes é professor, escritor, agrônomo e pesquisador do cangaço, um dos sobralenses que mais Mossoró admira. Foi diretor da ESAM - Escola Superior de Agricultura de Mossoró - atualmente Universidade Federal Rural do Semi-Árido durante 24 anos. A sua biografia é vasta. Esta cabeça está localizada no Museu do Sertão Rancho Verde, na Estrada de Alagoinha em Mossoró 

"BENEDITO VASCONCELOS MENDES Formação & Titulação Engenheiro-agrônomo pela Universidade Federal do Ceará (CE), graduado em 1969. Mestrado: Universidade Federal de Viçosa (MG) - Dissertação: Histopatologia de raízes do cafeeiro parasitadas por Meloidogyne exigua. Ano de Obtenção: 1975. 

Doutorado: ESALQ/USP-Piracicaba (SP) – Tese: Histologia de galhas da coroa de chuchu (Sechium edule) induzidas por Agrobacterium tumefaciens e infestadas por Meloidogyne incognita e desenvolvimento de dois sistemas de cultivo in vitro para Meloidogyne javanica. Ano de Obtenção: 1980. 

Vínculos institucionais & Atuação profissional 1) Docente (Prof. Titular) e Diretor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, antiga ESAM/Escola Superior de Agricultura de Mossoró, RN (1970-1994). 

2) Pesquisador/Dirigente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – CPA do Meio Norte (1997-1999). 

3) Docente (Prof. Adjunto IV) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Mossoró, RN (1999- ). Endereço: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Centro de Estudos e Pesquisas do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Departamento de Geografia Fafic Caixa Postal 70 59600-970 - Mossoró, RN - Brasil Telefone: (84) 3152 2197 Ramal: 197 Fax: (84) 3152 2197  E-mail: beneditovasconcelos@uern.br 

Posições ocupadas na SBN Presidente (1980-1983) e Vice-Presidente (1977-1978 e 1985-1986), organizando as 3ª e 10ª Reunião Brasileira de Nematologia, ambas em Mossoró (RN), em 1978 e 1986. Acesso ao Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/1770891942535885".


As fotos foram gentilmente cedidas pelo professor.


As fotos foram gentilmente cedidas pelo professor

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OS MENINOS DE SERRA TALHADA.

 Por Abdias Filho

Na imagem podemos ver os quatro Ferreira que iniciaram a saga lampiônica do cangaço. A vida fora da lei nunca foi fácil pra ninguém:


Virgulino Ferreira - Lampião - (1898 - 1938) 40 anos
Levino Ferreira da Silva (1896 - 1925) 28 anos
Antônio Rosa Ventura (1922) - adotivo
Antônio Ferreira - Esperança - (1896 - 1927) 31 anos
Ezequiel Ferreira - Ponto Fino - (1908 - 1931) 23 anos.

ADENDO:

Lembrem-se que esta foto foi feita antes do ano de 1925, antes da morte de Levino Ferreira da Silva - José Mendes Pereira.

https://www.facebook.com/abdias.castro.1

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. Calma! Calma!

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